16.1.11

Amamentação x Volta ao trabalho: Conflitos maternos


Esta dinâmica cada vez mais presente no cotidiano das mulheres brasileiras significa tensão e insegurança sobre o fato do distanciamento do seu bebê e da adaptação a quem irá cuidar dele e como será amamentado. É um momento delicado que merece um olhar muito compreensivo e paciente de todos. Muitos fatores, principalmente afetivos, estão em jogo neste momento.

Dúvidas, arrependimentos e frustações estão intimamente ligados a esta dinâmica, bem como o desespero e a pressa em pensar em soluções e alternativas prontas, como a introdução de mamadeiras e fórmulas. Para a mãe, a urgência e a garantia de que seu bebê irá se adaptar à nova forma de oferecimento do seu leite, seja por meio de copinhos ou colheres ou, em último caso, mamadeiras.

O bebê pode rejeitar tudo, mas também pode se adaptar prontamente. Muitas dúvidas permeiam esta relação sobre a continuidade e importância do aleitamento exclusivo, a possibilidade de abandono da mama em função do bico da mamadeira, e a introdução da fórmula ou do leite animal.

Desejamos que o aleitamento materno perdure, por sua série de benefícios comprovados, mas este desejo esbarra-se em muitos entraves, dentre eles, a garantia de oferecimento e tempo disponível para o mesmo. Soluções como copinhos e colheres requerem muito esforço, paciência e força de vontade.

Adequar-se a outros métodos que não seja o macio, quente e maternal peito é algo duro para o bebê. Brutal, poderia se dizer. A relação com o peito e o colo da mãe é extremamente prazerosa e de importância ímpar ao seu desenvolvimento emocional e afetivo. É também vital para o seu desenvolvimento sadio. Instintivamente, ele luta bravamente pelo seu direito e a sua sobrevivência, e o choro, a rejeição e a negação são as suas ferramentas.

A mãe está entre a responsabilidade/necessidade da volta ao trabalho contra a separação do seu bebê e a angústia de vê-lo em sofrimento. Às vezes a emoção domina, e ela repensa a sua função como mãe trabalhadora. Por outras vezes, a razão domina, abrindo espaço para a impaciência e a resolução imediata do conflito.

O que se esquece é a necessidade do diálogo com o bebê e a sua capacidade de compreender o entorno. Esta capacidade a cada dia impressiona mais pesquisadores e especialistas e é também amplamente comprovada.

Dialogue com o seu bebê. Permita que ele compreenda o que está acontecendo. Dê tempo para que ele assimile toda esta nova dinâmica: de dia sem a mamãe, à noite com a mamãe.

Por Simone de Carvalho,
pedagoga, pesquisadora e mãe ainda em tempo integral


Fonte: http://www.pediatriabrasil.com.br/2011/01/amamentacao-x-volta-ao-trabalho.html
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2 comentários:

  1. Olá,Maylu...
    Você não deve se lembrar de mim,mas eu lembro de você e resolvi vir no seu site porque talvez você goste de uma informação que tenho,é provável que já saibas ,mas de todo jeito resolvi de dizer porque sei que és especialistas nisto e é sempre bom saber mais não é mesmo?!
    Então,eu estava lendo minha revista favorita e em uma reportagem me lembrei do seu trabalho...
    Enfim,a revista de deste mês de janeiro da super interessante vem com o tema do destino,dentro deste tema fala sobre a influência da mãe no destino do filho(ex:quando a grávida come chocolate,a criança estará predisposta a sorrir mais,coisas assim e bem mais importantes também),lê e se for inútil o que digo,simplesmente me ignore,pois de todo jeito é um alívio pra mim...não sei porque mais sou assim tenho que espalhar o que aprendo e o que penso que servirá para outras pessoas.Talvez seja a intuição sei lá.
    Pronto falei agora vou embora,qualquer coisa desculpe pelo incômodo...
    Fique na paz!

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  2. Oi Carla!
    Claro que lembro de vc sim! Não esqueci seu nome...
    :)
    Muito obrigada pela informação! Fico muito feliz que tenha compartilhado comigo!
    Estou ansiosa para ler esta matéria, o assunto é muito bom!!
    Vou na banca amanhã mesmo!!
    bju
    :)

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