27.7.10

O primeiro toque


Nos primeiros minutos de vida ou, no máximo, na primeira hora , o recém-nascido já deve ser colocado no peito da mãe. Quando suga os primeiros goles do leite materno, o chamado colostro, ganha forças para se desenvolver e, aos poucos, vai montando suas defesas contra as doenças.

No contato com a mãe, ele também encontra proteção e calor, funções antes desempenhadas pelo ventre. "Estudos recentes mostram que o corpo da mulher ajuda a manter o bebê adequadamente aquecido, deixando-o mais calmo e com freqüências respiratórias mais estáveis", explica o pediatra Marcus Renato de Carvalho, da Clínica Interdisciplinar de Apoio à Amamentação, no Rio de Janeiro.


O útero agradece
A amamentação nos primeiros minutos após o parto também é importante para a recuperação da mãe. Esse ato estimula o útero a voltar mais rapidamente ao tamanho normal, contribuindo para a saída da placenta e para a redução do sangramento pós-parto.

Fonte: http://bebe.abril.com.br/0_12/alimentacao/conteudo_243789.php
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8.7.10

Tireóide na gestação

Saiba por que é fundamental controlar a tireoide durante a gravidez e após o parto. De todos os exames do pré-natal que você já sabe que deve fazer, os que avaliam a função da tireoide também é um dos mais importantes, e deveriam ser feitos com mais frequência que o costume.

Isso porque, durante a gestação, até mulheres que nunca tiveram qualquer problema podem sofrer alterações nos níveis dos hormônios da tireoide, fundamental para regular o organismo e o crescimento e desenvolvimento do bebê no útero.

Um estudo recente, realizado pela George Washington University School of Medicine and Health Sciences, nos Estados Unidos, revelou que até mínimas oscilações dessa glândula podem levar ao aborto e parto prematuro. “Apesar de não ser um consenso na obstetrícia, o exame para controle da tireoide deveria ser feito, a princípio, a cada quatro ou seis semanas”, diz Alex Carvalho Leite, endocrinologista do Hospital e Maternidade São Luiz (SP).

Abaixo, especialistas falam mais sobre a importância de manter os níveis desses hormônios sempre regulados:


Por que a gravidez afeta o funcionamento da tireoide?

A imunidade do corpo da mulher fica alterada pela presença do bebê, um hóspede estranho. Toda grávida tem a tireoide afetada, mas a maioria das vezes essa alteração fica dentro da normalidade. Quando o funcionamento fica mais lento, felizmente ocorre o hipotireoidismo, que atinge cerca de 5% das gestantes.


Por que felizmente?

Porque é mais fácil de tratar do que o hipertireoidismo, que acontece quando o metabolismo fica mais rápido, acelerando os batimentos cardíacos da mãe e do feto. Essa condição afeta mais ou menos 2% das grávidas. E, em 80% dos casos não tratados, ocorre parto prematuro ou aborto. Grávidas com histórico familiar têm mais chances de ter o problema.


Quais os sintomas do hipertireoidismo?

Emagrecimento, taquicardia, suor e uma inquietação exagerada que leva a tremores durante o dia e à insônia à noite.


Existem exames para detectar o problema na gestação?

Sim, são dois exames de sangue. Mas os obstetras não costumam pedir por desconhecer a importância da tiróide na gestação. O hipertireoidismo deve ser detectado ainda no primeiro trimestre para que não ocorra danos no desenvolvimento cerebral do feto.


Há riscos em tomar medicação para tratar o hipertireoidismo e o hipotireoidismo?

Tanto para mulheres que já tinham o problema mesmo antes da gravidez quanto para aquelas que desenvolveram na gestação é preciso tratamento para evitar complicações. No caso do hipotireoidismo, como a medicação é a reposição do hormônio que o organismo deixa de produzir não traz riscos para o bebê. Já, no caso do hipertireoidismo, é o seu obstetra quem deve avaliar o risco-benefício do remédio. No entanto, o maior risco é não tratar o problema.


Se a alteração do hormônio da tireoide surgiu na gestação, ela volta ao normal após o parto?

Não. Para todas as mulheres, tanto as que já sofrem do problema quanto as que apenas desenvolveram na gestação, e até quem não tem nenhuma alteração, é preciso fazer um controle nos próximos 12 meses após o parto. Isso porque o problema pode piorar depois do parto ou mesmo surgir em quem passou a gravidez com os níveis normais.

Fonte: http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI92963-10571,00-TIREOIDE+NA+GESTACAO+COISAS+QUE+VOCE+DEVE+SABER.html
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Licença-Maternidade de 6 meses aprovada pelo Senado

O Senado aprovou proposta de emenda constitucional (PEC) que amplia de quatro para seis meses o prazo de licença-maternidade. A proposta, que obteve 54 votos favoráveis e nenhum contrário, segue para análise da Câmara dos Deputados.O projeto de autoria da senadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN) modifica a Constituição Federal para tornar obrigatória a licença de 180 dias para empresas públicas e privadas.

Na prática, a proposta amplia o alcance da Lei número 11.770, de 2008, de autoria da senadora Patrícia Saboya (PDT-CE), que faculta às empresas a concessão da licença de seis meses. Em contrapartida, a norma garante a dedução das despesas extras do Imposto de Renda.

A senadora, que era médica pediatra antes de ingressar na política, não acredita que as empresas ofereçam resistência à ampliação do prazo. Ela argumenta que a taxa de natalidade do País, atualmente de 1,9 filho por casal, vem caindo sistematicamente. Afirma que as experiências recentes mostram que a mãe que passa mais tempo com o filho retorna mais produtiva ao trabalho. E acrescenta que o ciclo de seis meses de amamentação garante mais saúde ao recém-nascido e, com isso, reduz as faltas da mãe ao trabalho.

Fonte: http://jalecobranco.org/?p=882
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Dor nos Prematuros

PREMATUROS sentem MUITA DOR. Os prematuros estão ficando a salvo de um grave erro: há mais de vinte anos, pensava-se que eram insensíveis à dor. Numerosos procedimentos invasivos, incluindo cirurgias, eram praticados sem anestésico. Hoje os médicos sabem que é o inverso: os bebês pré-termo são frequentemente mais sensíveis do que os outros e tem, portanto, necessidade de uma atenção muito particular.

Este é o ponto central da reunião da PremUp, fundação de pesquisa dedicada à gravidez e à prematuridade, sobre o tema “A dor do feto e do recém-nascido prematuro", no sábado 5 de junho.


PREMATUROS SUJEITOS A MAIS DOR E ESTRESSE

Mais sensíveis, os recém-nascidos prematuros são submetidos a maior número de atos médicos: as coletas e os diagnósticos repetidos são as principais fontes de dor. "Nas primeiras horas de vida, podem ser realizadas até quatro coletas de sangue por dia", explica Natacha Michelin, enfermeira em neonatologia no hospital de Port-Royal em Paris, que cuida diariamente de prematuros.

A maior parte deles está sob respiração artificial, com colocação de respiradores e de sondas: um incômodo permanente e fonte de muito estresse. Para respeitar sua supersensibilidade, hoje os recém-nascidos são colocados em peças menos expostas à luz e ao barulho.

Pelo fato de terem menos tônus do que os outros, os bebês nascidos antes do termo são menos capazes de exprimir a dor por meio de movimentos físicos ou caretas. Os profissionais de saúde devem então empregar cuidados suplementares.

"Sempre que possível, tenta-se aplicar os cuidados em dupla, explica Natacha Michelin, um enfermeiro segura o bebê, colocando-o com suas mãos em posição fisiológica para maior conforto, enquanto o outro faz as coletas."

Um dos objetivos das reuniões da PremUp é, assim, generalizar práticas mais suaves para o bebê. Por exemplo, a administração de soluções adocicadas permite estimular a produção de antálgicos próprios no corpo do bebê. "Estas soluções são muito conhecidas pelos profissionais de saúde, entretanto estudos mostraram que elas não eram utilizadas de maneira sistemática. Há uma lacuna entre os conhecimentos, o que se sabe fazer, e a prática."


AS DORES PREJUDICIAIS AO DESENVOLVIMENTO

A questão é ainda mais importante na medida em que a dor pode afetar permanentemente o indivíduo "Os estímulos dolorosos repetidos modificam de maneira permanente a percepção da dor", explica o professor Vincent Laudenbach, do serviço de reanimação pediátrica e neonatal do CHU (Centro Hospitalar Universitário) Charles Nicolle de Rouen.

"Em outras palavras, crianças que foram muito expostas à dor em período perinatal podem ter mais tarde uma maior sensibilidade a ela. A dor pode também afetar o desenvolvimento cognitivo."

Os médicos devem também ficar atentos a superdosagens de eventuais tratamentos medicamentosos para a dor. Os recém-nascidos prematuros são mais sensíveis aos analgésicos e seu metabolismo está em plena evolução.

“Um melhor acompanhamento da dor, nem sempre fácil de detectar, é portanto outro caminho para a melhora.” Os instrumentos que permitem monitorar a dor são bem mais sofisticados do que há vinte anos, precisa o doutor Laudenbach, mas poderiam ser ainda mais aperfeiçoados. É necessário intensificar a pesquisa para melhorá-los, tendo o cuidado de ao mesmo tempo torná-los utilizáveis cotidianamente."

Estas dificuldades referem-se a um número cada vez maior de pequenos pacientes: a prematuridade aumentou 15% nos últimos quinze anos. Cerca de 50.000 crianças nascem antes do tempo anualmente.


Fonte: http://www.aleitamento.com/a_artigos.asp?id=4&id_artigo=2309&id_subcategoria=5
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