“Tome um chá de cidreira que ajuda a relaxar ou esse comprimido à base de ervas. Não vai fazer mal.” Você já deve ter recebido algumas receitas assim em algum momento da sua vida, certo? Mas, na gravidez, um simples chazinho pode, sim, ser um problema.
Um estudo realizado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), publicado recentemente pelo American Journal of Obstetrics and Gynecology, mostrou que a época em que as grávidas norte-americanas mais são adeptas de chás e remédios à base de ervas é no primeiro trimestre da gestação.
O período mais crítico da gravidez, quando o bebê está em formação. “Assim como medicamentos alopáticos, a mulher não deve tomar nenhum à base de ervas, pois não há comprovação científica dos efeitos no bebê”, afirma Antonio Júlio de Sales Barbosa, obstetra e ginecologista do Hospital Santa Catarina (SP).
De acordo com Regina Stikan, nutricionista do Hospital e Maternidade São Camilo, alguns chás, inclusive, podem ser abortivos, caso dos de canela e de cravo-da-índia. Há aqueles que contêm grande quantidade de cafeína, como o preto e o mate. “A cafeína deve ser excluída durante toda a gestação. Ela é um estimulante do sistema nervoso central, o que pode deixar a mulher agitada, com taquicardia, trazendo aceleração dos batimentos cardíacos não somente para ela, mas também para o bebê”, afirma Júlio.
A gestante deve optar pelos chás claros, mas não deve tomá-los todos os dias, afirma Regina. "A melhor opção é o de erva doce e erva cidreira, que têm efeito calmante", diz. Ainda assim, o especialista alerta: “Por existirem poucos estudos sobre o efeito das plantas medicinais durante os nove meses, é preciso sempre conversar com o seu obstetra. Ele é quem vai avaliar a segurança de medicações e alimentos durante a gravidez”, afirma Júlio.
Fonte: http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/1,,EMI9760-10563,00.html
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