24.4.11

Comer peixe na gravidez reduz riscos de depressão pós-parto

Pesquisadores da Universidade de Connecticut, nos Estados Unidos, descobriram que gestantes que ingerem peixes gordurosos como o salmão, ricos em ômega 3, reduziram as chances de desenvolver depressão pós-parto, como divulgou o jornal Daily Mail na quarta-feira (13).

O estudo acompanhou 52 gestantes, sendo que metade consumiu placebo e a outra metade recebeu cápsulas de ômega 3 cinco vezes na semana, a partir da 24ª semana de gravidez. Após o nascimento da criança, as que ingeriram o ômega 3 se saíram melhor ao responder um questionário desenvolvido para identificar os sintomas da depressão pós-parto.

A depressão pós-parto afeta cerca de 13% das novas mães e o ômega 3 teria a capacidade de proteger a saúde mental das mulheres. Todavia, a ingestão excessiva de peixes gordurosos durante a gestação pode prejudicar o desenvolvimento do bebê, sendo, portanto, necessário o equilíbrio na dieta. "O consumo deve ser obtido com o consumo de alimentos para poder atingir o potencial de reduzir os sintomas da depressão", contou a pesquisadora Michelle Price Judge.

Fonte:  http://www.correiodoestado.com.br/noticias/comer-peixe-na-gravidez-reduz-riscos-de-depressao-pos-parto_107252/

Somos mamiferozinhos

Somos mamíferos

Qualquer semelhança não é mera coincidência: Somos todos Mamíferos!

Texto muito interessante da Enfermeira Consultora em Amamentação Grasielly Mariano - www.lactare.com
Amigas mamães e profissionais de saúde,

Durante uma pesquisa em busca de um estudo sobre o colostro humano eu me deparei com este artigo técnico. Julgo ser muito interessante, apesar de falar sobre vacas e seus bezerros. Vocês devem estar se perguntando porque eu faria um post para falar do leite de vaca, não é? Estou promovendo o leite de vaca? SIM! Sim, sim.  Sou defensora do leite de vaca, mas para os bezerros, não para os humanos!

Exceto por alguns parágrafos, o discurso feito pela autora poderia facilmente ter o nome Vaca substítuído por Mulher e Bezerro por Bebê Humano (Por favor, isto não é uma ofensa. Pense na natureza, na vida e do quanto somos tão animais quanto as vacas). Cada espécie com o seu alimento. Nunca vi na natureza um mamífero mamando em animal de espécie diferente (exceto por situações de catástofres). Uma zebra sendo amamentada por uma vaca, por exemplo. Novamente, cada animal é capaz de produzir o alimento adequado para a sua espécie. Leite Materno (de mãe de qualquer espécie animal) é padrão ouro em termos de nutrição neonatal e ponto final.

Vale a pena ler. Evidencia que o leite materno é um poderoso "instrumento" contra a mortalidade neonatal...de vacas, humanos e acredito que de outros animais.
Um abraço,
Banco de colostro: uma importante ferramenta para a saúde das bezerras

Um dos grandes entraves enfrentados na bovinocultura de leite é a sanidade do rebanho, considerando especialmente os animais mais jovens, as bezerras recém-nascidas. Estes animais são imunologicamente deprimidos quando comparados aos animais adultos, e ainda, contam com uma ampla gama de agentes microbianos, aos quais não apresentam resistência alguma, e, para agravar o quadro, normalmente são separadas das mães ao nascimento.

Assim, muitas vezes os animais adoecem e morrem. A mortalidade nas primeiras horas de vida chega a 5-10% e essa porcentagem pode ser reduzida com o oferecimento adequado de colostro, primeiro leite produzido pela vaca após o parto. O colostro é um leite rico em imunoglobulinas, constituindo a primeira imunidade neonatal, uma vez que a barreira placentária bovina não permite a transferência de anticorpos da mãe para o feto durante a gestação.

A imunidade gerada pela ingestão do colostro garante proteção ao animal até que ele próprio produza suas células de defesa, quando seu organismo estiver maduro imunologicamente, o que deve acontecer após 4 a 6 semanas de vida. O colostro, porém, não é importante apenas para o fornecimento de anticorpos, mas também de nutrientes, hormônios e fatores de crescimento.

Para que estes anticorpos do colostro possam ser absorvidos, há necessidade de que o mesmo seja oferecido nas primeiras horas de vida. Neste período, ainda não há atividade gástrica, permitindo que os anticorpos não sejam digeridos antes de alcançar o intestino delgado, onde serão absorvidos de maneira intacta. Da mesma forma, em até seis horas após o parto, o intestino tem capacidade máxima de absorção de anticorpos, pois são substâncias de alto peso molecular, necessitando da absorção diferenciada que ocorre pelas microvilosidades intestinais neste momento, sendo que este poder de absorção vai decrescendo até tornar-se nulo em 24 horas, quando o fornecimento de colostro torna-se completamente ineficaz para a proteção do animal.

Como alguns bezerros podem ter dificuldade para se levantar e, por isso, demorar a ter acesso ao colostro materno, e também para conseguir mensurar a quantidade de colostro ingerida pelo bezerro, recomenda-se sempre ofertar diretamente o colostro ao bezerro, garantindo assim o máximo aproveitamento do mesmo. Caso o animal não consiga fazer a ingestão do produto, deve-se optar pela passagem de sonda esofágica para administrar o colostro, sempre com cuidado e sob orientação veterinária.

O volume de colostro a ser ofertado varia de acordo com a sua qualidade, pois a quantidade de anticorpos existentes no leite apresenta diferenças entre as raças bovinas, idade da vaca e oferta nutricional. Vacas mais velhas produzem colostro de melhor qualidade, assim como vacas que consumam alimentos de boa qualidade nutricional.

Espera-se que no mínimo 2 litros de colostro sejam ingeridos nas primeiras 6 horas, sendo que alguns autores recomendam 4 litros de colostro logo após o nascimento e completar até o volume equivalente a 10-15% do peso do bezerro nas primeiras 24 horas, de preferência ofertando o colostro com intervalos de 4 horas.

Existem situações especiais nas quais o fornecimento de colostro deve ser realizado com o auxílio humano. Há vacas que não conseguem produzir colostro, principalmente devido à baixa oferta nutricional em determinadas épocas do ano, além de casos de morte das mesmas ao parto; ainda, vacas doentes que podem transmitir patógenos ao bezerro através do colostro.

Deve-se considerar também aqueles casos em que a vaca iniciou a produção de colostro muito tempo antes do parto, o que não é tão comum, mas que pode acontecer. Caso isso tenha ocorrido, possivelmente no momento do parto o colostro possui uma pequena quantidade de anticorpos, tendo qualidade imunológica baixa. A fim de garantir, portanto, um bom colostro para os bezerros, é aconselhável manter na propriedade um banco de colostro.

O ideal é que toda vaca sadia recém parida seja ordenhada e o seu colostro seja avaliado com um colostrômetro, equipamento que mede a qualidade do colostro relacionando-o com a quantidade de anticorpos presentes, os quais apresentam peso molecular evidenciado por densidade superior no colostro. As densidades, então, são demonstradas em intervalos de colorações diferentes, sendo a menor densidade vermelha, intermediária amarela e a superior verde.

O colostro que se apresente vermelho ao teste tem qualidade ruim (até 20mg/ml de IgG), amarelo é para uma qualidade intermediária (21 a 50mg/ml de IgG) e verde é um colostro de alta qualidade (maior que 51mg/ml de IgG). O lactodensímetro também pode ser utilizado para medir a densidade do leite. Neste caso, um colostro com densidade acima de 1,056 seria considerado ideal para a quantidade de imunoglobulinas.

Se o colostro for de qualidade intermediária ou alta, recomenda-se o armazenamento do mesmo, sempre com atenção especial à limpeza dos recipientes. O ideal é armazenar apenas o colostro do primeiro dia após o parto, o qual possui qualidade superior de anticorpos quando comparado aos demais dias. Não se pode misturar colostro de diferentes vacas. A manutenção do colostro pode ser realizada na geladeira (4ºC) por até 7 dias ou congelado no freezer à temperatura de -15ºC ou -20ºC por até 1 ano. Pode-se congelar porções individuais de 1 ou 2 litros devidamente identificados com a data de congelamento, evitando assim o desperdício.

Uma das etapas mais importantes do fornecimento de colostro congelado é a preparação do mesmo para administrar ao animal, pois nesse momento pode haver a completa destruição das propriedades imunológicas. O descongelamento do colostro deve iniciar sempre do frasco mais antigo ainda dentro da validade e deve ser feito em banho-maria com água a 45-50ºC, não devendo ultrapassar esta temperatura de 50ºC para evitar perda dos anticorpos por desnaturação térmica.

O fornecimento ao bezerro pode ser realizado por mamadeira ou sondas esofágicas. Deve-se ressaltar que o colostro deve ser fornecido integral, sem diluições, para garantir uma transferência de imunidade adequada. A diluição do produto só pode ser realizada quando houver um excedente de colostro produzido, e este excesso aproveitado para a alimentação artificial de bezerras de idade maior.

Uma bezerra que não tenha recebido uma colostragem correta, e no tempo certo, tem poucas chances de sobreviver frente a diversos microorganismos presentes no ambiente. Assim, as pneumonias, diarréias e infecções de umbigo, que costumam acometer os bezerros, são potencialmente mais letais para estes animais imunologicamente comprometidos. Para eles, não adianta fornecer o colostro tardiamente, restando apenas a reposição das células de defesa pela transfusão de sangue de outro animal.

No entanto, o procedimento tem um custo mais elevado, e necessita de mão de obra capacitada para a coleta de sangue e posterior administração ao animal, sendo realizada sob orientação de um médico veterinário. Desta forma, a manutenção de um banco de colostro na propriedade, com o devido treinamento dos funcionários para administração do produto no tempo de seis horas após o parto, é a alternativa mais barata e de fácil execução para garantir a saúde de bezerras, futuras repositoras do plantel leiteiro.

Fonte:
SILPER, B.F.; COELHO, S.G. Colostro - quanto fornecer aos seus bezerros? 2008.
SILVA, R. W. S. M. Importância do Correto Fornecimento de Colostro na Sobrevivência dos Terneiros Leiteiros. 2002.
SANTOS, G. T. Imunidade Passiva Colostral em Bovinos
 

16.4.11

HOMENS na GESTAÇÃO e na AMAMENTAÇÃO

Antes do nascimento de um bebê, o pai ou companheiro pode participar da gestação de diversas formas. 

Seja acompanhando a futura mamãe em consultas, ultrassonografias ou mesmo aliviando as dores e inchaços normais deste período com massagens. Mas e depois que o nenê nasce, como o pai pode fazer parte deste relacionamento tão íntimo entre mãe e filho?
 Segundo a psicóloga Solange Martins Ferreira, do Hospital Santa Catarina, quem vai determinar isso é a mãe. “A tendência é afastar o pai, convidando a mãe, a avó, ou alguém com mais experiência para colaborar neste início. A nova mamãe precisa ter consciência de que é ela a responsável por trazer o companheiro para a relação de cuidado com o bebê”, diz.

E cuidar do bebê não significa ir ao mercado enquanto a mãe troca as fraldas, dá banho e amamenta, mas participar de todas estas etapas, até mesmo da amamentação. “A mulher precisa entender que algumas fraldas vão ser perdidas no início, que ele nunca vai fazer como ela, mas que ele deve ser encorajado a ajudar. Mesmo aqueles que acham que vão derrubar a criança, que têm medo. Quando o pai é inserido nesse cuidado, ele se torna um superpai, porque vai fazer de tudo para se superar”.

Homem amamentando?

Não exatamente. Segundo a psicóloga, para participar desse momento tão íntimo, o pai pode, por exemplo, abraçar a mãe enquanto ela amamenta – seja com o peito ou mamadeira. Fazer carinhos e massagens na mãe também é recomendado. Quando houver visitas em casa e chegar a hora da amamentação, ele pode preparar o ambiente, pedindo licença para a mãe ou garantindo tranquilidade para o momento.

Do ponto de vista do desenvolvimento humano, é a partir do oitavo mês que o bebê percebe a entrada de uma terceira pessoa no relacionamento mãe e bebê, também chamado de dual. Mas quando o pai oferece carinho e proteção à mãe, a criança fica mais confortável. E essa atenção só tem a colaborar no relacionamento a dois. “Quanto mais o companheiro colaborar, mais a mulher vai se sentir fortalecida, cuidada e desejada, e o homem se sentirá mais prestativo”.

Licença Paternidade

Segundo Solange, os cinco dias de licença-paternidade são fundamentais para determinar como vai ser o relacionamento entre o pai e o bebê. “Em algumas maternidades, o pai ajuda a dar o primeiro banho no bebê. Nos dias em que ele está em casa, a mulher deve sinalizar que precisa de ajuda. Não é que eu estou com preguiça, mas eu vou pedir, para ele saber que é necessário”.

Quando isso não acontece, o homem pode achar que não é mais útil e preferir sair com os amigos ou trabalhar até mais tarde, por exemplo, em vez de ficar em casa. “Isso pode estremecer o relacionamento. Um filho não precisa ser um peso, e o casal não deve se afastar. Ao contrário, o bebê significa o fruto de um momento especial”.

Cuidados durante o baby blues

Para evitar esta insegurança, tanto por parte da mulher quanto do homem, o ideal é que a participação do pai seja planejada durante o pré-natal. Isso porque, até 20 dias após o nascimento, a mãe passa por diversas oscilações de humor, causadas por alterações hormonais normais do período. Serão dias em que ela vai estar mais emotiva, às vezes irritada ou chorona. Essa tristeza momentânea é conhecida por baby blues.

“Como a mãe se encontra mais sensível, em algum momento é provável que ela desconte sua insatisfação no companheiro. Por isso é tão importante obter informação, para que o casal se prepare para o período”, explica a psicóloga. Uma dessas reações pode ser a frase “deixa que eu faço”, quando a mãe toma tudo para si e afasta o marido das responsabilidades com a criança.

Nesse sentido, vale lembrar que esse também é um período emocionalmente difícil para o homem. De qualquer forma, isso não significa que o casal precise de acompanhamento psiquiátrico durante nove meses.

Para Solange, o próprio obstetra pode informar as emoções distintas de cada período da gestação, assim é possível observar se a futura mamãe está com o emocional compatível com a época ou apresenta um nível maior de ansiedade e nervosismo. “Quanto mais pessoas próximas ouvirem essas dicas é melhor, assim elas também podem ficar atentas”, conclui. 

Fonte: Marina Teles/O que eu tenho?/Uol 


9.4.11

Sentimentos maternos podem afetar bebês

Todas as mudanças que ocorrem durante o período de gestação e até mesmo depois do bebê nascido, podem trazer alterações no humor e nos sentimentos das mamães, o que é normal!

Essas mudanças podem até mesmo vir a causar a depressão pós-parto, por isso fique atenta, mamãe! Foi realizada uma pesquisa na Universidade de Oregon, nos Estados Unidos, que estudou a relação entre esses sentimentos das mamães e as respostas psicológicas ao choro dos bebês. Durante o estudo, foi observado a atividade cerebral das mães após ouvirem o choro gravado dos seus próprios filhos, de terceiros e delas próprias.

Entre essas mamães que passavam por algum momento, como a depressão, demonstraram que os seus sentimentos passam para o bebê, quando demoram para atender suas necessidades. A tristeza que ocorre, e qualquer outro sentimento envolvido transmiti ao bebê o que a mamãe está passando, podendo até, comprometer o laço afetivo entre eles.


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COLOSTRO é a 1ª VACINA do BEBÊ

O colostro está presente desde o início da gestação e é capaz de sustentar o RN até a descida do leite.

Embora o colostro aparente ser um “soro”, uma “secreção incolor” ou meio amarelada, é riquíssimo em ANTICORPOS (imunoglobulinas) – 17 vezes mais que o leite materno.

O colostro é o precursor do leite materno, permanece de um a três dias, e metade de sua quantidade protéica é composta de fatores imunológicos que são passados para a criança e protegem todo o sistema intestinal, digestivo e pulmonar. Ele defende o recém-nascido do meio ambiente e das agressões bacterianas e virais. O colostro é laxante, ajuda a expulsar o mecônio (as fezes intra uterina) prevenindo a icterícia fisiológica.

Fonte: Prof. Dr. Marcus Renato de Carvalho
www.aleitamento.com

6.4.11

Estudo mostra relação entre crescimento do cérebro e amamentação

O crescimento cerebral em bebês está diretamente ligado à energia "investida" pela mãe. É o que diz um estudo publicado nesta segunda-feira, 28, realizado com 128 espécies de mamíferos, incluindo seres humanos. Os resultados mostram que o desenvolvimento do cérebro tem forte relação com a duração da gravidez e com o tempo de amamentação. 

Segundo a pesquisa da Universidade de Durham, no Reino Unido, quanto mais longo o período de gravidez e de amamentação, maior é o crescimento do cérebro. Os pesquisadores afirmam que os resultados reforçam a hipótese de que a amamentação é crucial para o desenvolvimento cerebral dos recém nascidos. 

Publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences, a pesquisa ajuda a explicar porque os humanos, que amamentam seus bebês por até três anos, têm um período tão longo de dependência, necessário para garantir o crescimento do cérebro, que tem em média 1300cm³.

Em comparação, espécies como os veados, que têm aproximadamente o mesmo peso corporal dos seres humanos, têm um período de gravidez de sete meses e amamentam por até seis meses, resultando em cérebros de apenas 220cm³, cerca de seis vezes menor do que o cérebro humano. Agora, mais pesquisas serão necessárias para determinar exatamente como as mudanças nas fases de crescimento pré e pós-natal afetam a estrutura do cérebro.

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,amamentacao-e-tempo-de-gravidez-determinam-crescimento-do-cerebro-diz-estudo,698510,0.htm
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1.4.11

Rede Cegonha – qualificação da assistência da saúde da mulher e da criança

O programa Rede Cegonha, lançado esta semana (28) pela presidenta Dilma Rousseff, em Belo Horizonte, vai ampliar a atenção à saúde da mulher, com foco no planejamento familiar, na gravidez, no parto e pós-parto, assim como o cuidado até o segundo ano de vida da criança. Até 2014, serão investidos R$ 9,4 bilhões do orçamento do Ministério da Saúde, aplicados na construção de uma rede de cuidados para a mulher e para as crianças de até dois anos. 

Este investimento, de acordo com o Ministério, vai atingir toda a rede que começa pela unidade básica de saúde, passa pelos exames do pré-natal, pelo transporte seguro, até o parto nos leitos maternos do Sistema Único de Saúde (SUS). Para criar a rede, o governo informou que investirá recursos na criação de novas estruturas de assistência e acompanhamento das mulheres e reforço na rede hospitalar convencional. Outras novas estruturas previstas no programa são as Casas da Gestante e do Bebê e os Centros de Parto Normal, que deverão funcionar em conjunto com a maternidade. O objetivo, de acordo com o governo, é "humanizar o nascimento".

Uma das medidas do programa será a de oferecer nos postos de saúde testes rápidos de gravidez. Confirmado o resultado positivo, a gestantes deverá se submeter a, no mínimo, seis consultas durante o pré-natal, além de exames clínicos e laboratoriais. Entre os exames a serem exigidos pelo Ministério da Saúde estão o de HIV e sífilis.

De acordo com o Ministério da Saúde, a Rede Cegonha também prevê a qualificação de profissionais de saúde para dar assistência adequada às gestantes e aos bebês. O governo também quer, com o programa, fortalecer a rede hospitalar obstétrica de alto risco

A meta, de acordo com o Ministério da Saúde, é implantar a Rede Cegonha em todo o Brasil, no entanto, o governo quer iniciar o atendimento pelo Nordeste, Amazônia Legal e nove regiões metropolitanas onde há a maior concentração de gestantes. As primeiras cidades a receberem o programa serão: Manaus, Recife, Distrito Federal, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Campinas, Curitiba, Porto Alegre e São Paulo.

Gestantes A Rede Cegonha terá atuação integrada com as demais iniciativas para a saúde da mulher no SUS, com foco nas cerca de 61 milhões de brasileiras em idade fértil. Nos postos de saúde, será introduzido o teste rápido de gravidez. Confirmado o resultado positivo, será garantido um mínimo de seis consultas durante o pré-natal, além de uma série de exames clínicos e laboratoriais. A introdução do teste rápido, inclusive para detectar HIV e sífilis, também será novidade para reforçar o diagnóstico precoce e a adesão ao tratamento.

Desde a descoberta da gravidez até o parto, as gestantes terão acompanhamento da Rede Cegonha, tomando um posto de saúde como referência, e saberão, com antecedência, onde darão a luz. As grávidas receberão auxílio para se deslocarem até os postos de saúde para realizar o pré-natal e à maternidade na hora do parto, com vale-transporte e vale-táxi.

A Rede Cegonha também prevê a qualificação dos profissionais de saúde que darão a assistência adequada às gestantes e aos bebês. Serão capacitados os profissionais de saúde que atuam tanto na atenção primária como em serviços de urgências obstétricas.

Atenção Hospitalar A qualificação da atenção compreenderá a criação de novas estruturas de assistência e acompanhamento das mulheres e reforço na rede hospitalar convencional, com o mote “Gestante não Peregrina”; ou seja, a garantia de sempre haver vaga para gestantes e recém-nascidos nas unidades de saúde.

Entre as novas estruturas estarão as Casas da Gestante e do Bebê, que dará acolhimento e assistência às gestantes de risco, e os Centros de Parto Normal, que funcionarão em conjunto com a maternidade para humanizar o nascimento.

A rede hospitalar obstétrica de alto risco também será fortalecida, com ampliação progressiva da quantidade de leitos na rede SUS, de acordo com as necessidades apresentadas pelos municípios.

Bebês – Nos primeiros dois anos de vida da criança, a Rede Cegonha compreenderá a atenção integral à saúde da criança, desde a promoção do aleitamento materno até a oferta de atendimento médico especializado para eventuais necessidades de cada criança.

Outra ação prevista na Rede Cegonha direcionada às crianças será equipar as unidades do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu Cegonha) para o transporte seguro do recém-nascido.

Educação e Planejamento Reprodutivo e Aleitamento Materno – A Rede Cegonha contará com campanhas públicas nas escolas (de nível médio e superior) e também com ações de mobilização da sociedade sobre a importância da educação sexual e reprodutiva, bem como do aleitamento materno. A alta taxa de gravidez entre adolescentes também contribui para risco para mãe e o bebê.